Sandra Belchior
2º Estágio
MERCADORIA E PRODUÇÃO MERCANTIL
Mercadoria: é um objeto externo ao homem, algo que satisfaz uma necessidade humana qualquer, material ou espiritual.
A existência da sociedade sempre depende da produção de valores de uso. Só constituem mercadorias aqueles valores de uso que poder ser reproduzidos. A mercadoria é um valor de uso que se produz para a troca, para a venda. Ela sintetiza o valor de uso e o valor de troca.
Para que haja produção de mercadorias, duas condições são absolutamente necessárias:
- A existência da divisão social do trabalho;
- A articulação da propriedade privada aos meios de produção.
Apenas o modo de produção capitalista caracteriza-se como um modo de produção de mercadorias.
A PRODUÇÃO MERCANTIL SIMPLES E PRODUÇÃO CAPITALISTA
A produção mercantil supõe a divisão social do trabalho e a propriedade privada dos meios de produção.
A produção mercantil simples não implicava relações de exploração, existia o trabalho pessoal dos artesãos e camponeses que eram os proprietários do meio de produção, a qual destinava-se basicamente a um mercado restrito, de âmbito local.
Processo de circulação característico do Modo de Prod. Mercantil Simples:
M -> D -> M ( MERCADORIA – DINHEIRO – MERCADORIA)
O dinheiro servia exclusivamente como meio de troca.
Depois, houve a ampliação dos mercados e bla bla bla.
Os comerciantes já não controlavam a produção: compravam mercadorias a um preço menor e as revendiam por um preço maior, é a base do capital comercial : o lucro.
D -> M - > D+ ( DINHEIRO – MERCADORIA – DINHEIRO ACRESCIDO)
Já no século XVIII veio a produção mercantil capitalista. Nela, desaparece o trabalho pessoal do proprietário, surge um capitalista que compra a força de trabalho e é dono dos meios de produção, que vão produzir a mercadoria. A diferença assenta na exploração da força de trabalho, que é comprado mediante salário
D -> M -> D’ ( DINHEIRO – MERCADORIA – DINHEIRO ACRESCIDO)
D’ = dinheiro + mais-valia
As classes fundamentais do modo de produção capitalista são: os capitalistas e o proletariado.
Está posta a possibilidade de mercantilizar o conjunto das relações sociais quando até a força de trabalho se converte em mercadoria.
O surgimento desse modo de prod. teve como condições um alto grau de desenvolvimento da produção de mercadorias e um correspondente aumento do papel do dinheiro nas trocas.
A ACUMULAÇÃO PRIMITIVA
A acumulação primitiva é um processo histórico que se operou do final do séc. XV até meados do século XVIII, ela criou a condição fundamental para o surgimento do modo de prod. capitalista: a relação capital/trabalho.
É ainda nas entranhas da sociedade feudal que, no séc. XVI, começa a se constituir a sociedade burguesa.
VALOR E DINHEIRO
O valor de uma mercadoria é a quantidade média de trabalho exigida para sua produção, tal valor só pode manifestar-se através do valor de troca.
O dinheiro é a mercadoria especial pela qual todas as outras expressam seu valor. O valor de uma mercadoria expresso em dinheiro é o seu preço.
O dinheiro funciona como:
- Equivalente geral: equipara todas mercadorias oferecidas;
- Meio de troca: possibilita a circulação de mercadorias;
- Medida de valor: oferece padrão de mensuração para todas mercadorias;
- Meio de acumulação: pode ser guardado para uso posterior;
- Meio de pagamento universal: serve para quitar qualquer dívida.
A LEI DO VALOR
Lei do valor: as mercadorias são trocadas conforme a quantidade de trabalho socialmente necessário nelas investido. Essa lei passou a regular as relações econômicas quando a produção mercantil, sob o capitalismo, se universalizou. Ela comparece no mecanismo das crises econômicas.
Essa regulação aparece através da concorrência no mercado, encarecendo as mercadorias que faltam e barateando as mercadorias que abundam.
O FETICHISMO DA MERCADORIA
As relações sociais dos produtores aparecem como se fossem relações entre as mercadorias. A mercadoria passa a ser , então, a portadora e a expressão das relações entre os homens. A mercadoria domina os homens, esse poder autônomo que as mercadorias exercem é chamado de “fetichismo da mercadoria”.
3 comentários:
Totalmente copiada de Economia Política: uma introdução crítica, de Marcelo Braz e José Paulo Netto
me ajudou muito
obrigada :D
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