Sociologia Geral
Mário Ramos
Resumo: Introdução
A questão de “viver em sociedade” da Antiguidade à Idade Clássica
Na Antiguidade Grega, por volta do século V a.C., surge o grupo dos sofistas. Estes foram os primeiros a observar a organização da sociedade de forma crítica. Questionavam a existência dos deuses, a justiça ou qualquer outra forma de instituição.
Platão foi um filósofo, pós-sofista, que procurou meios para alcançar a cidade ideal. Em seu livro “A República” ele escreveu uma série de pensamentos que poderiam, em sua concepção, materializar a cidade perfeita, uma organização regida pela justiça plena.
Em contrariedade a Platão, Aristóteles não aceitava a comunidade perfeita, ele negava o conceito de mundo inteligível e acreditava que todas as coisas eram apreendidas por meio das pesquisas. Para ele, não existia forma de organização política ou social perfeitas, porém as que tinham maior credibilidade eram: a democracia, a oligarquia e a monarquia. Os três princípios fundamentais que envolvem os ideais de Aristóteles são: a família, a hierarquia e a escravidão. A família patriarcal, com a mulher e os filhos subjugados à autoridade da figura paterna, a hierarquia rígida e as camadas sociais respeitadas rigidamente, a escravidão era levada com naturalidade, pois ele acreditava que alguns existem para ser dominados pelos outros.
Já na sociedade da Idade Média, por existir apenas um pensamento unilateralmente teocêntrico, houve um progresso em outras áreas, porém limitado aos mosteiros e igrejas.
Santo Agostinho acreditava que a fé era o único caminho para salvação. A sua obra “A cidade de Deus”, é dividida em duas partes: a primeira é marcada pelos pecados humanos, a segunda parte é um mundo encharcado de fé e devoção a Deus.
Nesse período, por causa da invasão bárbara e em decorrência da ruína das principais redes cosmopolitanas, houve um retrocesso econômico, as atividades ligadas ao comércio e à indústria foram substituídas gradativamente pela agricultura, e restando apenas a Igreja como a única fonte de cultura.
São Tomás de Aquino reconheceu a monarquia como o melhor dos regimes e reivindicou a submissão dos reis aos sacerdotes. No plano das idéias ele concorda com Aristóteles.
Ibn Khaldun, pensador islâmico, foi precursor das ciências da sociedade e analista das situações sociais da África do Norte. Ele, através das matemáticas, estuda uma verdadeira ciência social. Lança também, as bases da teoria dos ciclos sociais (ciclos ritmados pela dominação de grupos, que acabam por se esgotar no poder).
Inicialmente, os Tempos Modernos foram marcados pelo mercantilismo, pela busca desenfreada por metais preciosos e pelo poder medido pela quantidade destes. Ocorrem transformações na ordem social, os laços antes existentes no feudalismo somem e os Estados nacionais se fortalecem.O cristianismo, que impulsionou a cultura ocidental durante toda a Idade Média, trouxe uma nova visão de Deus, da criação e do destino humano, na qual se destacavam temas completamente estranhos à filosofia grega, como os da imortalidade da alma individual, da autoconsciência como fundamento do conhecimento, etc. Foi muito forte, nesse período, a vinculação entre filosofia e teologia.
No momento da Renascença, o universo das artes e ciências entrou
Lutero, monge agostiniano inaugurador da Reforma, acreditou que apenas a fé salvava, condenando a compra ou venda de indulgências. Para dar continuidade às idéias luteranas João Calvino entra na história, apenas diferindo de Lutero porque acreditava que todos os homens que tivessem ação econômica teriam maior credibilidade perante aos olhos divinos.
Na Idade Clássica, o racionalismo e o individualismo se sobrepõem às outras formas de representação do mundo. Um dos principais escritores a representar esse período é Francis Bacon, que em suas obras define o conhecimento como o meio de tornar o homem senhor da natureza. Bacon também nos adverte contra a preguiça do espírito, que se apodera da nossa percepção, deturpando assim as idéias que podemos ter das coisas, dificultando o acesso à verdade e se tornando obstáculo que devemos superar. Na Idade Clássica, há a radical separação entre fé e razão, fazendo com que o indivíduo classifique-se como sujeito autônomo.
Segundo a demonstração de Grotius, a passagem do estado de natureza a sociedade civil se dá por meio de um contrato social, estabelecido entre cidadãos com o intuito de respeitar os direitos e obedecer ao Estado sociedade. Esse contrato consiste em os indivíduos renunciarem sua liberdade e transferi-la para as mãos de um terceiro, o poder de criar e aplicar as leis visando sempre o bem comum, criando, assim, a soberania.
Thomas Hobbes foi responsável, em parte, pela elaboração de uma nova teoria do contrato social, fortemente influenciado pelo desenvolvimento das ciências exatas, tenta fazer da filosofia política uma ciência. Para ele a natureza é uma zona de guerra onde todos são inimigos de todos, logo, sente urgência
Em sua obra Leviatã, ele afirma que o homem, com finalidade de se preservar, faz um “contrato” com o Estado, e este tem por objetivo garantir a segurança de todos.
John Locke, com sua obra Segundo Tratado do Governo Civil, adquiriu grande prestígio, nela ele defendia a propriedade privada, legitimando a desobediência civil quando o Estado não respeita os direitos naturais.
3 comentários:
Agradecimentos:
Átila Alex
Bianca Cesarino
Marcelo Duarte
Ruan Queirogua
Caracaaaa! Muuuuuiiitooo legal a iniciativa! Sensacional. Esses feras... Oxi, qndo entrei na UfCG (ano passado) naum tinha isso naum! Legal até pro pessoal dos perídos seguintes pesquisar, como eu mesmo.
Abraço!
xD
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