26.8.09

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Quando as situações fáticas parecem nos ter dado descanço, eis que surgem novos acontecimentos!! Parece que cada vez mais a comunidade acadêmica da UFCG tem sido sabiamente posta contra a comunidade civil diretamente interessada no Desmembramento...

O que me deixa extremamente decepcionado é ver como um País tão rico e cheio de oportunidade como o Brasil insiste em sempre começar tudo de maneira equivocada. Fomos colonidazos pela parcela mais prostituída que poderia haver em Portugual, não soubemos criar uma identidade e deixamos que nossos recurmos mais preciosos fossem levados como se nossos não fossem; uma das ultimas nações a notar que a escravidão não era vantajosa (e mesmo que fosse, logicamente nunca foi nada racional e sim extremamente... sei lá o que), nosso crescimento se deu com dinheiro emprestado, deixamos que o populismo evoluísse para uma ditadura em uma época que a "moda" era a democaria! E aqui eu poderia ficar citando vários e vários exemplos que só me fariam ser odiado pela população brasileira mais nacionalista. uhashusuhas. Por isso prefiro trazer o debate para a realidade atual...

Na humanidade sempre existiram duas maneiras de se fazer as coisas: a correta e a errada. Com a descoberta do Novo Mundo e conseguentemente por uma questão de herança advinda de fatores que citei a cima, foi estabelecida aqui incrivelmente uma terceira maneira de se fazer as coisas: "O jeitinho brasileiro"! É interessante notar como igrejas, prefeituras, câmaras de vereadores, ministérios e tantos outros exemplos se tormam instrumento de fonte de renda (para aqueles que só vão junto com a maré e que acham que isso é perfeitamente normal por uma questão de criação mesmo) ou de enriquecimento (para aqueles que comandam o processo). A tendência agora é fazer uso também das Universidades. As instituições de ensino num futuro bem proximo não serão mais locais onde o indivíduo aprende os valores e lições mais apreciáveis de sua vida... serão locais onde se pode arrumar empreguinhos advindos do candidato que ganhou as eleições! Hoje não se vota mais porque se tem fé no canditado, porque o município existem diversos problemas a serem resolvidos, ou porque o dito canditado é um homem de bem. Hoje se vota porque o futuro prefeito irá colocar nossas mães, pais, irmãos, colegas de partido e afins nos cargos de secretarias de educação, de saúde, nas dretorias de escolas... etc! E incrivelmente querem transformar o ensino superior no mesmo bacanal! É a velha estória do imediatismo: os políticos não tem interesse em fazer com que a população perceba que a qualidade da educação é o FUTURO, que uma nação forte depende disso. NÃO! Não é isso que eles querem, já que as eleições são de 4 em 4 anos e não de 50 em 50. A idéia é se eleger ou eleger alguem da família nas proximas eleições. E com esse entra e sai dos empregos a cada vez que o seu candidato perde, como você poderá ser capaz de votar em quem lhe der na telha?

Nós, comunidade acadêmica da UFCG não somos contra a criação de novas universidades. Muito pelo contrário, como disse a educação de qualidade é o futuro. Nós somos contra a deterioração de uma universidade que tem um futuro muito promissor, já que foi considerada a melhor da paraíba em 2008. Esse é o veidadeiro legado do povo sertanejo... e não um empreguinho político ou uma promessa utópica de desenvolvimento regional que mascara promossões e aumentos salariais. Se a idéia é criar uma nova universidade, que se crie! Mas que não se destrua a UFCG. Ela precisa dar seus próprios passos rumo a excelencia.

Somos filhos de pais ricos e burgueses? É dificil responder à uma pergunta como essa à quem nem sabe o que significa ser burgues! Não-burgueses são aqueles miseráveis marginalizados pela população que pagam impostos quando conseguem malmente comprar um saco de arroz, para que espertinhos com um nível maior de instrução utilize o dinheiro que provém deles ao seu bel prazer. Aqueles realmente não são burgueses! Mas estes que se acham solidários e estão atrás de noticiários ou das diretorias da vida são sim tão burgueses quanto nós... e até muito piores por utilizar o conhecimento que possuem para tentar enganar a sociedade civil! Talvez nós sejamos burgueses, mas como não ser? Como estar numa universidade e não ter vindo de uma escola particular em um país como o brasil em que tudo é feito pelo jeitinho brasileiro? Difícil, mas existem aqueles que por mérito proprio foram capazes e por sinal também são contra o desmembramento!

Abraço a todos

10 comentários:

Lizi Correia disse...

Ate agora não entendi essa falta de critério na escolha do insulto. "Estudantes burgueses" ? Gente, a luta da classe operária cessou. Agora a nova luta é desenvolvimento x subdesenvolvimento. Ficaria bem mais legal acusar os alunos de "elitistas desenvolvidos". Os burguesinhos e burguesinhas de Seu Jorge... ops... de Seu Outrapesoa infelizmente nao são tao burguesinhos assim. Os burgueses não perdem tempo com essas bobagens. Na maior parte do tempo eles criam as bobagens. A gente, massa ralé de estudantes (ralé monetariamente, pois somos grandes personalidades, grandes espiritos livres), luta a adolescência interia por independência, até que conseguimos a classificação no vestibular o maior degrau para conquistá-la, por fim chega o nosso amada certificado de conclusão. Passamos 5 anos da universidade estudando de graça, tirando o dinheiro de milhares de trabalhadores honestos que pagam seus impostos e investem em nós, como bons retribuidores nós estudamos arduamente e tentamos absorver o maximo e seguir os melhores modelos. No fim a contribuição da sociedade é devolvida com o nosso trabalho. A função social de cada formado, de cada um que recebeu seu diploma, ainda mais os estudantes de direito, nada mais é que defender qualquer um que mereça, é se indignar com atitudes vis, é lutar para que nao aconteçam. Então, construir aos poucos uma sociedade sólida e livre de abusos. Não temer os poderosos, não baixar a cabeça pra gente que ainda acha que existem classes sociais de direito. Não há. O que vemos é uma falta de oportunidades. Oportunidades cortadas por aqueles que alimentam os degrais do poder, criando alturas e abismos para separar os homens. Pensar que galinhas e águias, mesmo uns em maioria e outros em minoria, não podem viver juntos e estabelecer que vivendo separados um pode alcançar as alutras e o outro não é egoísmo. Poucas águias que alcancem as alturas são necessárias para ensinar dezenas de galinhas ao menos à bater asas. Mas não se consegue pensar no coletivo. PQ ? Pq uns merecem voar e outros nao ? Pq uns já nascem burgueses o suficiente para ganharem o poder e outros nascem proletarios o suficiente para continuarem estaticos?
Resposta que todos sabem: silêncio.
Ninguém responde pq é perigoso dizer, dá medo, pois os grandes controlam tudo. E quando há uma chance de romper com tudo... eles reaparecem com mais força. O que resta é o conformismo.

Joaquim Cavalcante de Alencar disse...

Parabéns pelo blog. É importante a socialização de informações. Criamos um para a disciplina Direito Civil II, turma da tarde (http://direitocivil2ccjsufcg.blogspot.com).

Para ajudar na reflexão sobre a criação de uma Universidade Federal no Sertão escri um texto, conforme segue abaixo. Espero que venha a contribuir. Obrigado pelo espaço, sucesso, saúde e paz!

A ÁGUIA, A GALINHA E A UNIVERSIDADE FEDERAL NO SERTÃO

Diz a fábula que um ovo de águia foi chocado, por engano, junto com ovos de galinha. Nascidos os pintinhos, todos passaram a ser criados como se fossem galinhas. Assim acreditando, a águia passou a viver, pensar e agir como galinha. Um dia a águia descobriu o engano, reconheceu-se águia e a partir de então, passou a pensar, viver e agir como a águia que era... e alçou vôo para a liberdade!

Disseram que nós do interior (professores, alunos e funcionários) somos "nativos inferiores" e que não temos capacidade, competência e habilidade para construirmos uma Universidade, que seria mais cômodo, melhor e mais garantido deixar que os outros pensassem por nós, decidissem por nós, nos tutelassem e protegessem; garantiram que o que é bom para nós quem sabe mesmo é o povo das cidades grandes...

Tal qual a águia tratada como galinha, corremos o risco de pensar que somos incapazes de zelar pelo nosso destino, então, abdicaremos de ser livres, preferindo a tutela.

Quem pode duvidar da capacidade dos nossos professores? Ter o direito de pensar que os nossos alunos não são competentes, inteligentes e esforçados? Desconfiar das habilidades, do zelo e dedicação dos nossos funcionários? O que os outros fazem que não possamos fazer e o que sabem que não saibamos ou que não possamos aprender?

Quem não sabe dos inúmeros benefícios que a nova instituição traria para nossa região, com novos campi a serem criados, novos centros e cursos, novas vagas para docentes, funcionários, discentes, novos projetos, perspectivas e oportunidades? Lembremos o quanto a UFCG já progrediu, em seus poucos anos de caminhada independente!

Os dados revelam que Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras, juntas, possuem todos os requisitos exigidos por lei para a criação de uma Universidade Pública Federal. Não falta um requisito sequer. O que pode estar faltando para que o Sertão tenha a sua universidade, se os números dizem que já temos mais do que o mínimo necessário para começar, podendo, até, incluir Itaporanga e São João do Rio do Peixe?

Talvez só nos falte tomarmos consciência, como a águia da fábula, daquilo que realmente somos: uma comunidade universitária responsável e séria, competente e capaz de planejar o seu futuro, dirigir o seu destino, enfim, ser livre. “Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela”, disse Bernard Shaw. Não é o nosso caso, é?

Prefiro crer como Paulo Freire: “(...) Se alguém não é capaz de sentir-se e saber-se tão homem quanto os outros, é que lhe falta ainda muito que caminhar, para chegar ao lugar de encontro com eles. Neste lugar de encontro, não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão, buscam saber mais.”

A criação da Universidade Federal no Sertão (qualquer que seja o nome que se queira lhe dar) está ao alcance das nossas mãos, mas, é preciso ter fé, querer, unir esforços, organizar as ações e pleitear... alçando vôo para a liberdade!

Sousa, 22 de agosto de 2009.

Joaquim Cavalcante de Alencar (Professor e atual Diretor do CCJS/UFCG)

Lizi Correia disse...

Valeu a contribuição Joaqui, mas a gente já leu esse algums vezes em outras págins da internet!

Querendo publicar é só mandar um e-mail para cxdeleite@gmail.com !

Brenna Suany disse...

Quanto ao parte do texto de Joaquim que fala do preconceito com as pessoas do interior,cabe ressaltar que não interessa quem diz ou o que deixa de dizer,porque as provas são baseadas em dados e pelos dados sabe-se o quão capaz a parte da ufcg que cabe ao sertão tem tido sucesso.Porque o própio nome da UFCG foi construído por uma comunhão de todos os campus e sem nós a mesma não seria o que é e os dados,os fatos comprovam que nós somos bons,isso é o que importa.
E pelo amor de Deus,QUANTAS VEZES,MAS QUANTAS VEZES? Será necessário dizer que se pretendem criação de novas vagas para doscentes,funcionários,discentes QUE SEJA CONSTRUIDA OUTRA FACULDADE,porque esta,a atual muito ainda tem a desenvolver já que todos nós sabemos e sofremos com as falhas atuais.Nós temos consciencia sabe de que? QUE NINGUÉM QUE VER O DINHEIRO EM OUTROS CARGOS,antes de qualquer outro cargo e outra estrutura nós queremos o progresso,a melhora do que já se tem.
E tudo que eu já disse aqui é já foi dito MILHOES DE VEZES,eu só não entendi qual é a parte que tá dificil a compreensão.

Valfredo Mateus disse...

Capacidade, viu?!

Valfredo Mateus disse...

Só tenho a dizer aos amigos sertanejos, meus agora semelhantes, embora eu e uns colegas acadêmicos não sejamos daqui, estamos lutando com vcs e para vcs, não visando incutir na mente uma dignidade que paire o âmbito das promessas, que fique claro. Thompson tirou o corpo da arena, espetáculo de ilusões deve continuar e o clímax há de vir. Portanto, não acreditem em estorinhas de galinhas, aves, vaquinhas mimosas, raposas políticas, cobras e afins. Pois, em fábula de elefante, o prejudicado é o capim. E que capim, numa terra seca como esta? Portanto, sertanejos, antes de mais nada acreditem em vocês!

Abraço!

Lizi Correia disse...

O legal é querer marcar essa separação no povo. Torná-los diferente. Criar uma imagem diversificada. Num país já com tantas diferenças ele quer criar mais umas. Antes de sermos sertanejos, agrestinos, borboreanos e litorâneos, somos brasileiros e somos humanos.
Não compreendo discursos que queiram estigmatizar imagens que não existem. O que há de pior ou de melhor nas pessoas levando em conta a região em que vivem?
Os valores não estão na terra, nas demarcações geográficas. Elas estão na gente, nas gentes.
A universidade do sertão não seria do sertão, ela seria do país. O sertão tem a UFCG, UFPB e algumas particulares... só pq elas nao ostentam o nome "Sertão" elas não estao nele?

Lizi Correia disse...

"Como estabelecer um pacto meritocrático de modo a termo excelência acadêmica ao invés de muitas "Suas Excelências" de uma rotina institucional privatizada? "

Felipe Silveira disse...

Dados? Que Dados? Qual a fonte de onde foi tirado isso? Que papo furado é esse de rivalidade entre sertão e litoral? Meu filho, fala sério, então vamos separar o sertão do litoral, o Sudeste do Nordeste. Todos no MODO SEGREGANDIS, SEPARANDIS e etc. Papo ultrapassado. MOSTRE LOGO O SEU INTERESSE POLITICO NISSO. Ninguém aqui está em ALICE no país das maravilhas pra acreditar nessa BALELA de bondade para o sertão. Vão criar escolas publicas de dignidade no sertão q é mais útil. PAÇHAÇADA!E ainda usa o nome de Deus em seu discurso em Cajazeiras. Até Hilter usou o nome de Deus. É temente a Deus? Faz bem até SATANÁS TEME E TREME diante de DEUS.

Alysson Dreyffus disse...

vix